Alessandra Simões Paiva
ABCA/BAHIA
Resumo: Neste artigo de opinião, a autora apresenta uma reflexão sobre sua visita à 60ª Bienal de Veneza, em 2024, que teve como título “Stranieri Ovunque – Foreigners Everywhere”. Com curadoria do brasileiro Adriano Pedrosa, o primeiro latino-americano a ocupar o posto, esta Bienal procurou promover uma melhor compreensão, recepção e visibilidade de artistas do Sul Global, bem como de artistas indígenas, queers, autodidatas, entre outros nomes historicamente invisibilizados no sistema artístico hegemônico. O texto se concentra nos desafios e contradições dos processos de reparação histórica em um contexto altamente contaminado por interesses capitalistas, como as grandes bienais.
Palavras-chave: Bienal de Veneza; decolonialidade; arte contemporânea; bienais; Sul Global
Abstract: In this opinion article, the author reflects on her visit to the 60th Venice Biennale in 2024, titled “Stranieri Ovunque – Foreigners Everywhere.” Curated by Brazilian Adriano Pedrosa, the first Latin American to hold the position, this Biennale aimed to foster a better understanding, reception, and visibility of artists from the Global South, as well as Indigenous, queer, self-taught artists, and other historically marginalized figures within the hegemonic art system. The text focuses on the challenges and contradictions of historical reparations in a context heavily influenced by capitalist interests, such as major biennials.
Keywords: Venice Biennale; decoloniality; contemporary art; biennials; Global South
BIO
Alessandra Simões Paiva
Crítica de arte na imprensa brasileira e internacional há mais de duas décadas, Alessandra Simões Paiva é atualmente presidente da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). Professora adjunta na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), também é autora do livro A Virada Decolonial na Arte Brasileira (Editoria Mireveja, 2022). Integra a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) e a Rede Europeia de Brasilianistas de Análise Cultural (REBRAC).