ARTE & CRÍTICA

Michel Zózimo diante de uma nova memória do mundo

Resumo: Michel Zózimo, um artista originário do interior do Rio Grande do Sul, projeta-se, de modo marcadamente sensível, através de sua obra, como um contraponto a um mundo profundamente instável e repleto de crises que atingem catastroficamente numerosas áreas da vida humana. Por uma criação centrada na vivacidade da ficção, o artista leva-nos a possibilidades de revermos nossas próprias relações com o mundo através da arte, e, por esta, traz a imaginação como um vigoroso enfrentamento diante da distopia presente e da falência dos imaginários extenuados da vida contemporânea.

Palavras-chave: Michel Zózimo; Distopia; Arte e ficção; Imaginação; Ecologia

Abstract: Michel Zózimo, an artist from the countryside of Rio Grande do Sul, expresses himself with remarkable sensitivity, offering a counterpoint to a world deeply unstable and plagued by crises that catastrophically affect various areas of human life. Through a creation centered on the liveliness of fiction, his work invites us to reassess our own relationships with the world by engaging with art. In doing so, he brings imagination to the forefront as a powerful response to present-day dystopia and the collapse of contemporary life’s exhausted maginaries.

Keywords: Michel Zózimo; Dystopia; Art and Fiction; Imagination; Ecology

BIO

Mônica Zielinsky
Curadora independente, historiadora da arte e professora titular e permanente em história, teoria e crítica, no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Coordenou a catalogação da obra completa das gravuras de Iberê Camargo na Fundação Iberê Camargo (2000-2015). É doutora em Artes Plásticas pela Universidade de Paris I Panthéon- Sorbonne sobre a crítica de arte contemporânea no Brasil. Foi consultora no International Center for the Arts of the Americas at the Museum of Fine Arts (Houston-Texas). Publicou, entre diversas outras, Fronteiras: arte, crítica e outros ensaios, (org.), UFRGS. (2003), Iberê Camargo – Catálogo raisonné: gravuras / volume I (org.), Cosac y Naify, (2006), Heloisa Schneiders da Silva. Obra e escritos (org.), MARGS, (2010) e em um número específico sobre a História da Arte Brasileira, na Revista Perspective, do Instituto Nacional de História da Arte de Paris (2013), além de um texto no Catálogo Les Choses, histoire de la nature morte, no Museu do Louvre de Paris (2022). Possui uma larga experiência curatorial, tanto no Brasil, como no exterior, tais como no Instituto Tomie Okthake (SP), Palácio da Artes (Belo Horizonte), Mostra inaugural da Fundação Iberê Camargo, Museu de Belas Artes de Bordeaux, França, entre muitas outras. Recebeu convites ainda para integrar diversos conselhos consultivos e com durações extensas, como no MARGS, Fundação Iberê Camargo, Santander Cultural, Editora da Ufrgs, FAPERGS, etc. Recebeu numerosos Prêmios Açorianos, o Gonzaga Duque da ABCA, entre outros.

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