Artistas cearenses realizam exposição coletiva em São Paulo

Imagem: FluxoMarginal, Os ancestrais vem comigo, 2023. Foto_ Divulgação

Com a participação de quase 40 artistas, a exposição aborda diferentes discussões em uma nova perspectiva oblíqua e atual.

Na próxima terça, dia 2 de abril, abre a exposição “Vórtex”. Com a participação de quase 40 artistas, naturais de diversas cidades do Estado — Aratuba, Brejo Santo, Caucaia, Crateús, Crato, Eusébio, Fortaleza, Acopiara, Granja, Iguatu, Jucás, Massapé, Quixelô e Sobral —, a exposição aborda diferentes discussões em uma nova perspectiva oblíqua e atual.

Diante do apagamento histórico que a arte brasileira invisibilizou a produção artística do Nordeste e, sobretudo, do Ceará. A exposição marca presença em uma das semanas mais importantes para a arte nacional, durante o período da SP-Arte.

Vórtex é um movimento de giro do eixo. É uma força centrífuga que transforma o centro em espiral. Seguindo essa direção, a nova exposição da OMA Galeria, com curadoria de Lucas Dilacerda, desloca o olhar para o Ceará e apresenta um recorte da produção artística contemporânea cearense.

Vórtex

Vórtex é um movimento de giro do eixo. É uma força centrífuga que transforma o centro em espiral. Seguindo essa direção, a nova exposição da OMA Galeria desloca o olhar para o Ceará e apresenta um recorte da produção artística contemporânea cearense. Com a participação de quase 40 artistas, naturais de diversas cidades do Estado — Aratuba, Brejo Santo, Caucaia, Crateús, Crato, Eusébio, Fortaleza, Acopiara, Granja, Iguatu, Jucás, Massapé, Quixelô e Sobral —, a exposição aborda diferentes discussões em uma nova perspectiva oblíqua e atual.

Além disso, a exposição busca desmistificar os estereótipos que a região Sudeste inventou sobre o Ceará, apresentando uma produção artística que foge desse imaginário colonial e se mostra diversa e multifacetada. A partir de uma multiplicidade de técnicas, poéticas e repertórios, as obras articulam temas como magia, corpo, ancestralidade, espiritualidade, território e natureza.

“Ceará” não é um tema, mas sim uma força de implosão que desmorona a imagem cristalizada de “outro”. “Ceará” é a força de estilhaçamento que faz da quebra o seu movimento de criação. Por isso, esta é uma exposição de cacos, e cada obra é um ponto de vista que nos permite teletransportar para os infinitos mundos sociais, políticos, culturais, afetivos, oníricos e ancestrais.

Não queremos ser brasileiros, por mais que possamos fazer um uso estratégico dessa categoria. Se foi São Paulo quem por muito tempo se autodeterminou porta-voz da arte brasileira, não nos resta brigar pela partilha do bolo, mas sim dizer que não nos falta nada, pois já temos tudo. Se Brasil é o nome de um projeto colonial, Ceará é o nome de uma parábola fantástica. Aqui, as velhas categorias da arte brasileira não conseguem nos classificar, a tradicional gramática estética gagueja ao tentar nos compreender. “Ceará” pede uma outra língua, um outro olhar, um outro vocabulário.

Vórtex é essa experiência de vertigem, quando o eixo do mundo que conhecemos desmorona e precisamos aprender uma outra maneira de ficar de pé. O seu movimento de giro é, antes de tudo, um movimento de descentralização. Por isso, a exposição é um convite para habitar essa espiral de contornos mutantes e paisagens movediças.

Lucas Dilacerda Curadoria

Abertura: Terça, 2 de abril, às 19h

Local: OMA Galeria

Endereço: Rua Pamplona, 1197 – Casa 4 – Jardim Paulista

Período em cartaz:

2 de abril a 4 de maio

Horário de funcionamento:

Quarta à sexta – 12h às 19h

Sábado – 10h às 17h

Amanda Nunes, Volte sempre a si mesma, caso você se perca, 2024. Foto_ Divulgação

Curadoria

Lucas Dilacerda

Produção

Luísã Burza

Comunicação

Patrícia Gil Bilha

Design Gráfico

M.DIAS PRETO

Revisão

Wes Viana

Artistas

Alexia Ferreira

Alice Dote

Amanda Nunes

Anderson Morais

Arivanio

Arthur Siebra

Azuhli

Beatrice Arraes

bento ben leite

Blecaute

Artur Bombonato

Celeste

Céu Vasconcelos

Charles Lessa

Darks Miranda

Diego de Santos

Dinha Ribeiro

Ferrerin

FluxoMarginal

Francisco de Almeida

Gerson Ipirajá

Jane Batista

Jonas Van

Juno B

kulumym-açu

Linga Acácio

M.DIAS PRETO

Marina de Botas

Merremii Karão Jaguaribaras

NEGROSOOUSA

Nicolas Gondim

plantomorpho

Rodrigo Lopes

Ruy Relbquy

Sérgio Gurgel

Sy Gomes

VORS

Zé Tarcísio

Comercial 

Pedro Nascimento

Administrativo

Lígia Pacheco

Realização

OMA Galeria

Apoio

Galeria Leonardo Leal

Agradecimentos

Leonardo Leal

Paula Nakashima

Gleyferson Neves

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