Prêmios da Associação Brasileira de Críticos de Arte: Um arquivo em aberto
Apresentação
O presente livro em formato e-book pretende registrar dados sobre o Prêmio ABCA, instituído em 1978, para que estes estejam presentes e acessíveis em uma busca inicial para pesquisas aprofundadas sobre o cenário da crítica de arte no Brasil. Afinal, trata-se de uma homenagem dedicada aos artistas, críticos, curadores, exposições e instituições que mais contribuíram para a cultura nacional a cada ano, desde 1978. Trata-se de um Prêmio Anual, em formato de um troféu. Desde então, esse prêmio vem sendo distribuído a personalidades do meio artístico.
A ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte) é a mais antiga associação brasileira de profissionais da área das artes visuais. Foi criada em 1949, tendo participado do ato de fundação os críticos Sérgio Milliet, seu primeiro presidente, Mário Barata, Antônio Bento e Mário Pedrosa, entre outros importantes intelectuais atuantes na crítica de arte. A ABCA tem como meta promover a aproximação e o intercâmbio entre os profissionais que atuam na área da crítica de arte e incentivar a pesquisa e a reflexão no domínio das disciplinas significativas para o campo das artes visuais.
O estudo mais aprofundado da história das premiações pode servir como espaço para discussões, estímulo à criação, reflexão e difusão da arte, revelando novas epistemologias e divulgando diversos modos de existir e praticar o saber artístico.
Acreditamos que a missão mais importante da ABCA é consolidar sua vocação para a produção de conhecimento, tal como pressupõe a dimensão ética do trabalho crítico, projeto que vem sendo defendido desde sua criação. Consideramos a arte como uma referência para compreender a história e a humanidade, e, dessa forma, compreender a história da premiação, suas motivações, trabalhos realizados, que também nos dirão muito dessa trajetória já percorrida. No atual momento, no ano de 2022, uma comissão será criada, no âmbito da ABCA, para rever os prêmios concedidos e ampliar sua abrangência, tanto em número de premiações quanto em possibilitar a maior inserção de diversas áreas do País.
O material foi reunido e produzido no ano de 2021, ainda em plena pandemia do COVID 19. Não tivemos acesso aos arquivos da ABCA, hospedados na USP, no “Arquivo e Laboratório de Crítica de Arte”. A reunião de material para esta publicação ocorreu por meio de textos já produzidos, de materiais sobre os prêmios publicados pela mídia, de arquivos que conseguimos recuperar. Algumas lacunas ocorreram, e, no futuro, poderão ser preenchidas. Esperar essa recomposição e o acesso aos dados atrasaria em muito esta publicação. De toda forma, o material aqui reunido é apenas um passo. Alguns já foram dados anteriormente, outros ocorrerão no futuro.
Priorizamos destacar algumas palavras iniciais sobre a ABCA, acontecimentos relevantes, ações e benefícios que a ABCA realiza atualmente. Na sequência, descrevemos o prêmio ABCA e suas categorias, fizemos breve biografia dos personagens que deram nome aos prêmios, localizamos as imagens dos troféus e seus artistas-autores. Por esta publicação, será possível localizar os nomes mais premiados pela ABCA, as instituições que se destacaram nas edições do Prêmio ABCA, a listagem dos premiados de 1978 a 2019, e, por fim, organizados por décadas, os prêmios ABCA concedidos. Finalmente, salientamos que não se trata de um trabalho totalmente autoral, visto que nos apropriamos também de material já produzido e os apresentamos aqui em uma lógica de reunião de dados. Assim, talvez este trabalho propicie que o que estaria fadado ao esquecimento ou ao desconhecimento possa ser infinitamente revisitado por quem assim o desejar, pois se trata da possibilidade incessante de criação de um arquivo demandando novos estudos.
Muito já se teorizou sobre a impossibilidade de reapresentação do passado e a fragilidade da noção de resgate no pêndulo que se movimenta entre o voluntário e o involuntário, entre o individual e o coletivo, o esquecimento e a lembrança, reconhecendo os lapsos e recalques, potencializações e alterações como dimensões da memória. Melhor abordá-la como um fluxo, cuja proporção pode ser muito delicada e avassaladora, sujeito a saltos e desvios onde o imponderável e o contingente não cessam de se cruzar, porquanto aqui os riscos de apagamento precisam ser encarados e contornados, senão em todo, pelo menos no que nos cabe e até onde podemos. Acreditamos que a premiação nesses moldes encerra um ciclo. A pandemia da COVID 19 apresentou-nos a necessidade de revisão dos prêmios concedidos, e certamente isso ocorrerá no ano de 2022.
Nesses arquivos, encontramos experiências que ofuscam o olhar, que nos trazem o passado ao presente, tornando-os possibilidades de novos futuros, desde que iluminadas. Continuamos a viver nos olhos uns dos outros, e nossas histórias nunca precisam terminar.
A ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte) é a mais antiga associação brasileira de profissionais da área das artes visuais. Foi criada em 1949, tendo participado do ato de fundação os críticos Sérgio Milliet, seu primeiro presidente, Mário Barata, Antônio Bento e Mário Pedrosa, entre outros importantes intelectuais atuantes na crítica de arte. A ABCA tem como meta promover a aproximação e o intercâmbio entre os profissionais que atuam na área da crítica de arte e incentivar a pesquisa e a reflexão no domínio das disciplinas significativas para o campo das artes visuais.
O estudo mais aprofundado da história das premiações pode servir como espaço para discussões, estímulo à criação, reflexão e difusão da arte, revelando novas epistemologias e divulgando diversos modos de existir e praticar o saber artístico.
Acreditamos que a missão mais importante da ABCA é consolidar sua vocação para a produção de conhecimento, tal como pressupõe a dimensão ética do trabalho crítico, projeto que vem sendo defendido desde sua criação. Consideramos a arte como uma referência para compreender a história e a humanidade, e, dessa forma, compreender a história da premiação, suas motivações, trabalhos realizados, que também nos dirão muito dessa trajetória já percorrida. No atual momento, no ano de 2022, uma comissão será criada, no âmbito da ABCA, para rever os prêmios concedidos e ampliar sua abrangência, tanto em número de premiações quanto em possibilitar a maior inserção de diversas áreas do País.
O material foi reunido e produzido no ano de 2021, ainda em plena pandemia do COVID 19. Não tivemos acesso aos arquivos da ABCA, hospedados na USP, no “Arquivo e Laboratório de Crítica de Arte”. A reunião de material para esta publicação ocorreu por meio de textos já produzidos, de materiais sobre os prêmios publicados pela mídia, de arquivos que conseguimos recuperar. Algumas lacunas ocorreram, e, no futuro, poderão ser preenchidas. Esperar essa recomposição e o acesso aos dados atrasaria em muito esta publicação. De toda forma, o material aqui reunido é apenas um passo. Alguns já foram dados anteriormente, outros ocorrerão no futuro.
Priorizamos destacar algumas palavras iniciais sobre a ABCA, acontecimentos relevantes, ações e benefícios que a ABCA realiza atualmente. Na sequência, descrevemos o prêmio ABCA e suas categorias, fizemos breve biografia dos personagens que deram nome aos prêmios, localizamos as imagens dos troféus e seus artistas-autores. Por esta publicação, será possível localizar os nomes mais premiados pela ABCA, as instituições que se destacaram nas edições do Prêmio ABCA, a listagem dos premiados de 1978 a 2019, e, por fim, organizados por décadas, os prêmios ABCA concedidos. Finalmente, salientamos que não se trata de um trabalho totalmente autoral, visto que nos apropriamos também de material já produzido e os apresentamos aqui em uma lógica de reunião de dados. Assim, talvez este trabalho propicie que o que estaria fadado ao esquecimento ou ao desconhecimento possa ser infinitamente revisitado por quem assim o desejar, pois se trata da possibilidade incessante de criação de um arquivo demandando novos estudos.
Muito já se teorizou sobre a impossibilidade de reapresentação do passado e a fragilidade da noção de resgate no pêndulo que se movimenta entre o voluntário e o involuntário, entre o individual e o coletivo, o esquecimento e a lembrança, reconhecendo os lapsos e recalques, potencializações e alterações como dimensões da memória. Melhor abordá-la como um fluxo, cuja proporção pode ser muito delicada e avassaladora, sujeito a saltos e desvios onde o imponderável e o contingente não cessam de se cruzar, porquanto aqui os riscos de apagamento precisam ser encarados e contornados, senão em todo, pelo menos no que nos cabe e até onde podemos. Acreditamos que a premiação nesses moldes encerra um ciclo. A pandemia da COVID 19 apresentou-nos a necessidade de revisão dos prêmios concedidos, e certamente isso ocorrerá no ano de 2022.
Nesses arquivos, encontramos experiências que ofuscam o olhar, que nos trazem o passado ao presente, tornando-os possibilidades de novos futuros, desde que iluminadas. Continuamos a viver nos olhos uns dos outros, e nossas histórias nunca precisam terminar.