Exposição individual A cor da Dor da artista Daniela Marton, acontecerá no dia 12 de setembro no Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann em Pinhais.
Conta com o apoio da secretaria de cultura e da prefeitura de Pinhais. Nessa exposição contará com 10 obras da artista, algumas inéditas e outras que já participaram de Salões de Arte, Bienais e exposições individuais em Museus e Pinacotecas.
Local: Centro Cultural Wanda dos Santos Mallann
Endereço: Rua: 22 de abril, 305 – centro – Pinhais
Entrada Gratuita
Periodo: 12 de setembro a 26 de setembro de 2024
Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira das 09:00 até as 20:00, sábado das 09:00 até 12:00
A Cor da dor
Essa exposição apresenta por meio de uma série de pinturas a realidade de quem vive com uma doença crônica porém sem direciona lá para uma ideia de um mundo pronto, estável e estático, pois a realidade verdadeira se dissolve diante da incerteza da vida principalmente quando se tem uma doença como a Disfunção da Tempora Mandibular (DTM). Todo esse processo de sentimentos distintos ora dor e angústia ora a calmaria, que são intercalados pelo uso das cores ora mais vibrantes e vivas mostrando a esperança de dias melhores da artista ora mais escuras e austeras ocasionado quando a artista está imersa numa melancolia e desespero causados pelo agravamento da dor.
O resultando do processo artístico apresentam imagens distorcidas e disformes onde abriga uma realidade surreal onde estão inebriadas por esse processo de convivência da dor e da incerteza diante do futuro. Dessa forma, as imagens passam a ser cores que escorrem e explodem no espaço pictórico direcionando o olhar do observador para fora das limitações físicas do quadro como se a pintura tomasse uma dimensão espacial.
Além disso, ocorre na pintura uma sobreposição de manchas indefinidas de cores e texturas diversas ora criando superfícies mais planas ora criando pintura mais matérica e densa onde as texturas são mais evidentes com camadas mais espessas de tinta, que por vezes se sobrepõem com o intuito de criar justaposição do figurativo e do abstrato, desconstruído a relação figura e fundo, processo muito parecido com a dor que te desconstrói e te limita.
Em virtude disso, os usos das cores nas pinturas da artista em alguns momentos continuam sendo provenientes ou das dores físicas ou relacionados ao aspecto da memória afetiva, que acabam refletindo em seu trabalho por meio das cores. Os títulos das obras são voltados para o aspecto dos sentimentos que a artista estava passando no momento da feitura da pintura, ora fazendo alusão ao seu estado de saúde ora remetendo as suas memórias afetivas.
Texto curatorial: Daniela Marton