Resumo: Nos últimos 20 anos, os discursos, outrora considerados como os das “minorias” (como por exemplo, mulheres, grupos étnicos diversos e indivíduos fora da heteronormatividade), tomam espaço com pautas reivindicatórias que exigem nova postura das instituições. A pergunta central que move o presente artigo é: quais os novos procedimentos que museus estão adotando para abarcar as pautas identitárias em seus discursos? Nesse ponto, deve-se admitir que, particularmente, os museus enfrentam o desafio de oferecer ao público novas formas de refletir, organizar e expor seus acervos frente a essas narrativas decoloniais, assim como modos de produção de conhecimento. Dessa forma, observam-se quais são os novos museus que discutem, alteram procedimentos tradicionais e lidam com as etnias, vendo-as como protagonistas (sujeitos sociais) e não como objetos da pesquisa. Nessa perspectiva, dedica-se atenção a instituições, como por exemplo, o Museu das Culturas Indígenas e o Museu das Favelas.
Palavras-chave: museus, decolonização, Museu das Culturais Indígenas, Museus das Favelas
Abstract: In the last 20 years, discourses, once considered as those of “minorities” (such as women, diverse ethnic groups and individuals outside heteronormativity), have taken up space with demands that demand a new stance from institutions. The central question that drives this article is: what new procedures are museums adopting to embrace identity issues in their discourses? At this point, it must be admitted that, particularly, museums face the challenge of offering the public new ways of reflecting, organizing, and exhibiting their collections in the face of these decolonial narratives, as well as ways of producing knowledge. In this way, we observe which new museums discuss, change traditional procedures and deal with ethnicities, seeing them as protagonists (social subjects) and not as objects of research. From this perspective, attention is devoted to institutions, such as the Museum of Indigenous Cultures and the Museum of Favelas.
Keywords: museums, decolonization; Indigenous Cultural Museum; Favela Museums
BIO
Marcos Mantoan
Pós-doutorado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – FFLCH USP (2022 – em andamento). Doutor em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2015), mestre em Estética e História da Arte pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (2010). Graduação em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1988), especializações em Comunicação pela USP-ECA, em Comunicação Empresarial, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM, em Marketing, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ-COOPEAD.
