JORNADA ABCA 2021
12 e 13 de novembro de 2019
Ao realizar a Jornada 2019 em comemoração dos 70 anos de
sua fundação, em 1949, e dos 50 anos do Congresso Internacional
Extraordinário de Críticos de Arte de 1959, nossa Associação busca
resgatar a memória destes dois momentos fundamentais de sua
história. Realizar a Jornada em Brasília foi decisão rememorativa
e, ao mesmo tempo, marco na busca de articulação das diferentes
regiões do País que se desenvolve em nossa gestão. A presidência
da regional Centro Oeste foi responsável pela coordenação
deste evento que reuniu importantes pesquisadores nacionais e
internacionais.
Em 2019, a Jornada ABCA consolida sua vocação para a
produção de conhecimento, tal como pressupõe a dimensão
ética do trabalho crítico, projeto que vem sendo defendido desde
sua criação como uma das primeiras seções internacionais da
Associação Internacional de Críticos de Arte, AICA, fundada
com apoio da Unesco em 1948. Destaca-se também que o tema
central da Jornada 2019 , Síntese das artes: memória e atualidade,
abrange a pesquisa e a reflexão interdisciplinares que marcaram
o Congresso Internacional Extraordinário da AICA em 1959. Para
a realização do evento em Brasília contamos com a parceria do
Programa de Pós-Graduação Estudos Comparados sobre as
Américas (PPG-ECsA/UnB), e com a presença de pesquisadores
convidados que atuam nas áreas de Antropologia, Arquitetura,
Artes, Educação, Filosofia, História, Museologia e Sociologia,
entre outras.
SÍNTESE DA ARTES: MEMÓRIA E ATUALIDADE
Ao realizar a Jornada 2019 em comemoração dos 70 anos de sua fundação, em 1949, e dos 60 anos do Congresso Internacional Extraordinário de Críticos de Arte de 1959, a ABCA busca resgatar a memória de dois momentos fundamentais de sua história. Realizar a Jornada em Brasília foi decisão rememorativa e, ao mesmo tempo, marco na busca de articulação das diferentes regiões do País que se desenvolve na gestão 2019-2021. A presidência da regional Centro Oeste foi responsável pela coordenação deste evento que reuniu importantes pesquisadores nacionais e internacionais.
Em 2019, a Jornada ABCA consolida sua vocação para a produção de conhecimento, tal como pressupõe a dimensão ética do trabalho crítico, projeto que vem sendo defendido desde sua criação como uma das primeiras seções internacionais da Associação Internacional de Críticos de Arte, AICA, fundada com apoio da Unesco em 1948. Destaca-se também que o tema central da Jornada 2019 , Síntese das artes: memória e atualidade, abrange a pesquisa e a reflexão interdisciplinares que marcaram o Congresso Internacional Extraordinário da AICA em 1959. Para a realização do evento em Brasília contamos com a parceria do Programa de Pós-Graduação Estudos Comparados sobre as Américas, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Brasília (PPG-ECsA/ICS/UnB), e com a presença de pesquisadores convidados que atuam em diferentes áreas do conhecimento, destacando-se: Antropologia, Arquitetura, Artes, Educação, Filosofia, História, Museologia e Sociologia.
O objeto central das discussões propostas para este ano é a atualização dos temas apresentados em 1959, tendo em vista que “atualizar” não implica na renúncia à pertinência histórica do contexto de produção do projeto de Brasília, mas sim situar sua relevância em relação à condição atual da cidade. Seja como metrópole cuja ocupação extrapolou as previsões iniciais, seja como laboratório de experimentação das utopias modernistas, seja como centro de integração geopolítica, Brasília pode ser analisada sob lentes diferenciadas, em diferentes campos disciplinares.
O Congresso Internacional Extraordinário da AICA, em 1959, reuniu intelectuais de diversos países em uma iniciativa que buscava debater o alcance do projeto de Brasília em implantação. Na abertura do evento Mario Pedrosa, vice presidente da AICA, destacou a oportunidade de reunir personalidades das mais eminentes da crítica de arte, do urbanismo e da arquitetura, que vieram ver esta cidade em formação e discutir os problemas não só da cidade nova mas também do enquadramento desta cidade em nosso país, cujo crescimento se acelerava na segunda metade da década de 1950. Desde as primeiras sessões, as contribuições de Giulio Carlo Argan, Mário Pedrosa, Michelangelo Muraro, Mário Barata, Eero Saarinen, Douglas Haskell, Sergio Milliet, Meyer Schapiro, Tomás Maldonado, Theon Spanudis, Fayga Ostrower, Bruno Zevi, Jorge Romero Brest, entre tantos intelectuais, críticos e artistas, construíram amplo panorama de proposições e abordagens críticas, tendo em vista as inquietações provocadas por “um plano social e cultural de ordem geral”.
Em 2019, além de retomar as discussões apresentadas há sessenta anos por críticos que marcaram o pensamento de sua época, destaca-se mais uma vez a necessidade de debater o tema central a partir de pesquisas e reflexões interdisciplinares. Da programação do evento destacamos os temas das sessões de 1959: A cidade nova, Urbanismo, Técnica e expressividade, Arquitetura, Artes plásticas, Artes industriais, Arte e educação e A situação das Artes na cidade. A esses eixos temáticos acrescentamos reflexões que têm norteado pesquisas que ampliam a análise multidisciplinar do espaço urbano, com contribuições que podem incluir, entre outras, as áreas de conhecimento que citamos anteriormente.
O debate brasileiro de 1959 tem sido reconhecido como marco significativo da ação internacional da AICA além das fronteiras europeias. Desta forma, o legado da iniciativa de um congresso de tal natureza em 1959 deve ser retomado como oportunidade de diálogo ampliado, abrangendo os desdobramentos de sua conjuntura histórica e contemplando o debate de grandes temas da atualidade. A proposição de um trabalho integrado interdisciplinar na organização de um evento científico que retome o ambiente problematizador daquele momento histórico e projete novas questões no cenário atual pode abrir espaço para a sondagem de zonas críticas, bem como para a configuração de um campo de ação cultural complexo. Neste novo evento é prioritário resgatar as contribuições dos intelectuais que promoveram denso debate sobre as diversas possibilidades de um projeto latino-americano utópico, que nos dias atuais mantém-se como instigante desafio para refletir a vida social nos centros urbanos. Sua programação foi o resultado de uma combinação profícua. De intelectuais de trajetória reconhecida a jovens pesquisadores, todos participaram com intenso entusiasmo dos debates. O livro que publicamos é o resultado da aproximação, obtida nos dias de intensa convivência, entre todos os participantes.
Para a realização do projeto da Jornada 2019, contamos com o apoio institucional da Universidade de Brasília, em que o Instituto de Ciências Sociais cedeu espaços e suporte técnico necessários à realização da programação, e da Capes, por meio do Programa de Apoio a Eventos no País (PAEP). Os anais, disponíveis para download no site da ABCA são o registro do intenso e profícuo debate desenvolvido na Jornada ABCA 2019.
Elisa de Souza Martinez
Maria Amélia Bulhões